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Sicredi Integração RS/MG: Cooperativas escolares de Lajeado mantêm atividades com encontros virtuais

28.10.2020  |  64 visualizações

Fundadas em novembro de 2019 com o objetivo de oportunizar a formação de lideranças e estimular o trabalho em equipe por meio de um modelo cooperativo sustentável, as cooperativas escolares de Lajeado, implantadas pela Sicredi Integração RS/MG, tiveram que se reinventar durante a pandemia. O projeto desenvolvido junto aos estudantes do 6º ao 9º ano das escolas de ensino fundamental Vida Nova, Guido Arnoldo Lermen, São João e Nova Viena tinha como base os encontros presenciais dos cooperados, os quais passaram a se reunir em salas virtuais para garantir a troca de saberes, os estudos e as vivências colaborativas.

De acordo com o assessor pedagógico das cooperativas escolares, professor Everaldo Marini, foi preciso encontrar alternativas para manter professores e alunos envolvidos com o trabalho proposto, sendo o Google Meet a plataforma que facilitou e sustentou a continuidade das atividades: “Foi necessário pensar estratégias que permitissem o protagonismo e autonomia dos jovens de acordo com os objetivos do programa”. Assim, a dinâmica passou a envolver bate papo, contação de histórias do cooperativismo e o uso de plataformas gamificadas e de integração entre os cooperados, além da constante implantação de novas metodologias de estímulo. “O foco foi a interatividade com o grupo para que todos pudessem e possam comunicar o que pensam com mais fluidez e protagonismo”, explica Marini. Conforme o professor, apesar de algumas dificuldades, como o acesso à tecnologia e sinal de internet, o trabalho ganhou qualidade no decorrer da caminhada e a aceitação do grupo foi boa, o que assegurou a “chama das cooperativas escolares acesa”.

As atividades, suspensas em março, foram retomadas em julho e contemplaram temas que envolvem o funcionamento das cooperativas, como histórico, legislação, rotinas, cálculos de custos, planejamento estratégico, livro caixa, estatuto e assembleias gerais. Para os próximos dois meses estão agendados novos encontros, que aguardam definições protocolares para ocorrer de forma presencial ou virtual, sendo o encerramento previsto para o dia 09 de dezembro com a realização de um seminário que apresentará e avaliará a caminhada das cooperativas até aqui.

Desafio para os alunos

Presidente da Cooegal, da escola Guido Arnoldo Lermen, Beatriz Prates Leitzke (14) entende o desafio de participar de uma cooperativa e de se manter focada e comprometida com os objetivos, cujos obstáculos, para ela, são multiplicados através dos encontros virtuais, dada a dificuldade de permanecer concentrada e dedicada diante da rotina e das distrações da casa. “Esta experiência virtual tem sido muito mais difícil do que a presencial, mas não impossível”, afirma a estudante, que busca na razão de existir das cooperativas escolares a motivação para seguir o trabalho: “fazer o bem comum para a nossa sociedade”. Ela declara: “Independentemente da situação, eu particularmente me sinto muito motivada a continuar quando lembro que é para uma boa causa. Apesar das coisas terem dificultado, não me arrependo de não desistir. Amo muito fazer parte disso tudo”. Da mesma forma, os cooperados da Coopvida, da Emef Vida Nova, também têm se esforçado para preservar as ações e práticas propostas pelo projeto, como reitera a segunda tesoureira Carol Rocha Gisch (13): “É uma experiência totalmente diferente, mas nossa cooperativa segue firme e forte”.