Selecionada pelo contexto escolar e pela representatividade do relacionamento com a comunidade da região, a Sicredi Integração RS/MG é uma das seis cooperativas do país a participar da Jornada da Educação Financeira nas Escolas, que começou em março e segue durante o mês de abril, marcando o início do projeto Cooperação na Ponta do Lápis. O programa tem como propósito cooperar para uma vida sustentável, procurando não apenas ensinar, mas assumir o compromisso de ajudar na busca pelo equilíbrio financeiro por meio de tomadas de decisão mais conscientes.
Dividido em ações estratégicas para diferentes públicos, como pessoas físicas, microempreendedores individuais, adolescentes e crianças, o Cooperação na Ponta do Lápis se desdobra em conteúdos diferenciados e tem metodologia própria apoiada nos conceitos da economia comportamental. “Ela, em resumo, considera as questões emocionais envolvidas na tomada de decisão financeira. Ou seja, para além da racionalidade, o ser humano decide também com forte viés emocional”, explica o analista de Desenvolvimento do Cooperativismo da Fundação Sicredi, Jefferson Anderson Zago.
Inicialmente aplicada apenas com estudantes do 2º ao 5º ano da Escola Ireno Baum, de Mato Leitão, a Jornada é composta por três grandes momentos, começando com uma Oficina de Sensibilização de Educação Financeira, aberta para toda a comunidade escolar. Em seguida ocorreu a formação dos professores no método do Programa e o encerramento será com as Assessorias Coletivas, que são encontros semanais destinados ao aprofundamento dos estudos, esclarecimento de dúvidas e construção colaborativa de estratégias pedagógicas de educação financeira. Em virtude da pandemia, todas as atividades estão sendo desenvolvidas de forma virtual.
De acordo com a assessora pedagógica de Educação Financeira da Sicredi Integração RSMG, Elisabete Penz Beuren, como as oficinas da Jornada e o próprio programa possuem uma metodologia baseada na construção da psicologia comportamental, todas as ações envolvem um processo de mediação que considera o contexto no qual a pessoal se encontra. Assim, as dinâmicas buscam despertar o interesse e a reflexão por parte dos estudantes para uma atitude mais consciente, ponderando as necessidades de cada um e as melhores formas de gerir seus recursos, conectando-se a sua realidade e encontrando formas de pensar e fazer diferente. “A estrutura básica desse programa é permeada para que seja uma educação financeira na qual a pessoa possa se reconhecer e transformar sua vida, estando pautada em um ensino integral, interdisciplinar e de equidade, para que a aprendizagem faça sentido aos estudantes”, esclarece Elisabete. Segundo ela, isso tudo consolida o aspecto de uma sociedade mais sustentável, que preza pela economia, inclusive de recursos naturais, levando em conta o cotidiano familiar e da comunidade, agindo com as finanças de uma maneira mais humanizada.
Elisabete ainda destaca que os professores receberam uma série de materiais para o desenvolvimento do trabalho e das práticas pedagógicas, dentre os quais uma coleção com seis gibis da Turma da Mônica criados em parceria com a Maurício de Souza, os quais vão auxiliar na abordagem dos conceitos por meio da leitura, interpretação e ludicidade a construir a educação financeira. “Percebo que essa proposta vem para uma mudança de chave nos espaços singulares da comunidade onde os diálogos sobre dinheiro e finanças, ainda em muitos casos, são desafiadores”, conclui.
O investimento foi de aproximadamente R$ 3 milhões e o prédio tem 416m² de área construída.
A obra está orçada em R$ 6 milhões, dos quais 10% serão custeados pela cooperativa.