Cerca de 120 pessoas participaram nesta sexta-feira (21) do Café com Lideranças da Sicredi Integração RS/MG. Realizado na Sede Administrativa, em Lajeado, o evento foi coordenado pelo presidente, Adilson Metz, que abriu a programação apresentando para os convidados os resultados do primeiro semestre e os projetos em andamento no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais. A regional fechou o primeiro semestre com quase R$ 50 milhões de sobras acumuladas, aproximadamente R$ 385,5 milhões de patrimônio líquido e mais de R$ 67 milhões de capital social, administrando R$ 4,9 bilhões de recursos totais. A sequência foi conduzida pelo economista-chefe do Sicredi, André Nunes de Nunes, que abordou cenários e perspectivas para a economia.
Ele começou traçando o mapa internacional, impactado por um processo de ajuste depois de muitos choques e no qual a inflação começa a dar sinais de dissipação. “A economia mundial enfrenta problemas relacionados à globalização e deve enfrentar um período mais longo de taxas de inflação e de juros elevadas. Todos esses movimentos apontam para um panorama menor de crescimento e taxas de juros elevadas nos próximos anos”, destacou. Segundo Nunes, o cenário externo está mais desfavorável para o Brasil por fatores como o preço mais “comportado” das commodities, diminuindo a demanda por exportações; e o menor apetite ao risco, que dificulta que o dólar volte ao patamar pré-pandemia. Referente ao câmbio, a projeção é de que feche o ano na marca de R$ 5,10.
A visão positiva sobre a situação interna do país foi explanada de forma ampla, expondo problemas e oportunidades. “Sofremos choques parecidos por aqui, contudo saímos na frente no controle da inflação e seremos um dos primeiros países a poder reduzir a taxa de juros”, estimou. Ao mencionar o Produto Interno Bruto (PIB), Nunes frisou que a expansão de 21,6% da agropecuária ajudou a impulsionar o primeiro trimestre do ano e deve sustentar a projeção de avanço em 2023. Determinante para vários rumos da economia, a perspectiva compartilhada é de que a Taxa Selic - hoje em 13,75% ao ano, comece a cair em agosto e encerre o ano em 12%. O economista ainda compartilhou desafios e perspectivas relacionadas à política econômica, fazendo referência à Reforma Tributária e ao controle das finanças públicas.
O investimento foi de aproximadamente R$ 3 milhões e o prédio tem 416m² de área construída.
A obra está orçada em R$ 6 milhões, dos quais 10% serão custeados pela cooperativa.